sexta-feira, 3 de junho de 2011

“FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”




Tomou o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho dizendo: “Isto é meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós”. (Lc 22,19-20).

O que significa nas nossas eucaristias, essa frase: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”?
Essa “memória”, não pode ser apenas a memória histórica da última ceia que celebramos na quinta-feira santa, não podemos parar numa recordação, temos que celebrar uma vida, fazendo nossa própria vida, sinal da vida de Jesus.
A memória de Jesus, se faz presente pelo seu amor e ele que quer que esse amor se faça presente no mundo, através de cada um de nós que o recebe na eucaristia.
Cada um de nós tem que se perguntar, em cada eucaristia que recebe: “Estou revelando Jesus ao Mundo?”. Essa “revelação” tem que acontecer no ambiente em que vivemos: família, trabalho, sociedade, lazer.
Temos que “fazer a memória de Jesus”, procurando ser como ele foi aqui nesta terra, fazendo o bem que ele fez como homem.
Jesus foi: DESPRENDIDO – ENCARNADO –SERVO.
Assim, temos que nos questionar: Em minha identidade com Jesus, como é que sou? DESPRENDIDO – ENCARNADO – SERVO?
Esse Jesus que foi desprendido, está sempre a nos questionar sobre os nossos apegos, as nossas riquezas – não só o dinheiro; inteligência, saber, liderança, são riquezas -, os nossos abusos, as nossas ganâncias. O desprendimento de Jesus foi total: Ele tinha condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo tornando-se semelhante aos homens. Assim apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!”(Fl 2,6-8).
A nossa vida de cada dia, tem que se tornar um gesto salvífico em união com a memória de Jesus.
Na EUCARISTIA recebemos a força, para sermos como Jesus foi. A Eucaristia não pode limitar-se ao altar, à hóstia, ao sacrário, à celebração, tem que se tornar um estado permanente de vida, de fé, de serviço.
Recebemos, contemplamos, adoramos Jesus na eucaristia para depois dar, distribuir, revelar Jesus aos homens, ao mundo.
COMUNIDADE DE MOCOCA – SP

Bibliografia: Overbeck, Carmita. VIVERÁS EM MIM. São Paulo: Paulinas, 2005.